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Mostrando postagens de março 23, 2014

De quem será a culpa ?

Da alvorada ao crepúsculo que segue até gerar um novo dia.  Como um simples amanhecer poderia mudar a sua vida? Você saberia? Saberia, ou acreditaria em um ano ruim? Um dia estranho ou  uma oportunidade que se foi?  Temos  realmente essa cognição?  Essa capacidade de avaliar o que nos cerca? Caso tenhamos essa notável percepção,  a quem atribuiríamos nossos erros,  nossos dias ruins? Creio que cada humano é dotado de dogmas, aqueles construídos por si próprio ou através de condicionamento.   E através destes  culpamos os Deuses,  para alguns,  ironias do destino. Também há quem atribuem a falta de fé. Para mim,  somos apenas responsáveis por aquilo que cativamos.

Dono de si

Talvez seja o marco final, aquele momento em que a esperança termina. Os sonhos, já não fazem tanto sentido, os objetivos mudam. E você já não espera que haja compreensão, percebe que é normal ser o prego a ser martelado ou o parafuso que não se encaixa em lugar algum. É e pode ser normal, se sentir dono do nada, não ser o dono do próprio quarto, não se sentir a peça perfeita do quebra cabeça, mas ainda assim, ser o dono de tudo. E finalmente, o abominável vazio incomensurável que se sentia, hoje é tão indômito que já não faz diferença. E nesse momento, o vazio, o espaço em si no seu coração, já não importa mais. E por décadas, finalmente se alcança a plenitude , finalmente ser dono de si mesmo.

Talvez

Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena. Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida. Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei. Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais. Mas jamais irei me considerar um derrotado. Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão. Talvez um dia o sol deixe de brilhar. Mas então irei me banhar na chuva. Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. Mas jamais irei assumir o papel de vítima. Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.

Ser o que sou

Ressoante com o decorrer dos anos, sempre ouvi: " Não se pode ser tudo preto no branco,  não podemos julgar pois seremos  julgados ".  Sempre ouvi e nunca encarei de outra forma senão um preceito que parte do senso comum. Anular qualquer julgamento e sua valia, me abster do que considero ser bom ou correto, nunca me pareceu um caminho sensato a ser seguido. Tal moderação nunca existiu,  ao menos não em mim. Talvez esse seja um erro crucial. O meu erro... A minha imutável verdade que se transforma em uma perigosa síndrome de herói. E como acabam os heróis?  Nós todos sabemos. Talvez haja como ser um desses seres híbridos,  de que tanto ouço conselhos,  talvez seja possível ser uma pessoa moderada,  ponderada,  por que não? Entretanto,  algumas pessoas precisam de definição. De ser ou não ser. E desta vez é essa a questão. Ou sou definitivamente o herói, aquele que pode salvar o seu dia, ou precisarei viver o suficiente para me t...